sexta-feira, 16 de outubro de 2009

18 icones


Alice, não enxergas,não vês o óbvio,na luz filtrada pelas nuvens? (desculpe mas não resisti a segunda pessoa, o tratamento tu é tão solene e põe você mais longe de mim. Claro, claro,depende da prosódia, da prosa, de Vasco da Gama e outros times de football. Se não vestes a camisa estás nua.De peitos caídos, pescoço arqueado, quase um círculo perfeito,prestes a romper com o tênue equilíbrio. Por isso não saio do círculo vicioso. O movimento é sutil, qualquer coisa se parte. Então vá embora criatura sem rosto,desordem que ordena,gramática sem sujeito,sem predicados.O círculo pode ser uma espiral flexível movida pelos ventos das palavras.Cadê a sua língua?

Quem precisa de língua é você.Eu me basto com as imagens.Aliás o mundo já está dispensado as palavras escritas e faladas. Os ícones,os gráficos,os desenhos, cada vez adquirem mais autonomia.As roupas,as casas,os carros,geladeiras e TVs, já falam mais e melhor dos e aos cidadãos.Não há escapatória,fique feliz se conseguir respirar neste imaginário dantesco. É a vitória da barbárie asséptica, fascista,inodora e a cores. Bem vinda ao deserto do real.Todos serão surdos e mudos.

Essa é boa.Uma modificação genética de caráter internacional, uma espécie de uma nova globalização funcional? Imagino que todos terão olhos de gavião ou seremos radares ambulantes. Todos wire less o tempo todo.Foi esta a liberdade que conseguimos?

E você queria mais? Ser mais abjeto.Mereces o castigo dos crentes,dos orixás e todos os deuses .Ouvirás música ambiente para todo e sempre. Aleluia.

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