sábado, 17 de outubro de 2009

Oriente


A seda escorrega entre os dedos e se nega a fazer a curva,desfia-se e resiste às agulhadas que vão atrás da forma. Um corpo,um copo de leite,lavoura arcaica. Tento exprimir o nada,só as formas e as cores de centenas de casulos,nós e laçadas,unindo pedaços. Singapuras(com s ou c?)Vestido oriental foi parar na parede.
Vou me afastando devagar do objeto que está a se formar. Preciso indicar continuidade,processo, inacabamento. Isso não vai terminar nunca,enquanto as mãos trabalham a cabeça se esparrama e fica permeável.Dá para ouvir o barulho das sinapses. Que nó.

Um comentário:

  1. Pensativa Incauta pergunta: oriente-se? Oriento-me? Isso é um labirinto ou será o foco, o alvo? Só tenho perguntas...

    ResponderExcluir