sábado, 17 de outubro de 2009

Cidade Maravilhosa



Lugar de papel

Do papelão ondulado,corto o quadrado perfeito.Preciso da geometria para controlar a enxurrada de sensações,conter a água que me afoga e hidrata .Só mato a sede mergulhando no líquido, só a geometria me contém, na curva e nos cortes que insistem em sagrar. A cor disfarça a melancolia,convoca a infância,orna a trilha que sobe o morro e desce para o mar. Geografias,memórias tortas que se ajustam ao pedaço, ao fragmento deste discurso amoroso. O corte cirúrgico é mais preciso que o corte epistemológico. Não consigo enxergar a minha cidade. Lugar de papel, embalado para presente.

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